8 principais dúvidas sobre o DPOC


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Publicado em: 9 de agosto de 2021 às 10:12 8 dúvidas sobre DPOC

A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) atinge mais de 7 milhões de pessoas no país e é uma das principais causas de morte no mundo. 

Essa doença, porém, ainda é desconhecida pela maior parte da população brasileira. Uma pesquisa realizada pelo Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro (encomendada ao Ibope pela Boehringer Ingelheim do Brasil), afirma que 55% dos respondentes não sabiam nada sobre o DPOC.

Nesse cenário, reduzir a desinformação a respeito da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é essencial para combater os impactos negativos dessa doença na população e estimular o tratamento correto. Por isso, reunimos ao longo deste conteúdo, as principais dúvidas a respeito da DPOC. 

 

Aqui, você irá conferir:

  1. O que é DPOC?
  2. Como identificar o DPOC?
  3. Como evitar o DPOC?
  4. O que fazer durante uma crise?
  5. É possível ter DPOC e continuar a ser fumante?
  6. Pessoas com DPOC entram no grupo de risco da Covid-19?
  7. Como diferenciar a DPOC com a falta de ar decorrente do Covid-19?
  8. Quais são os tratamentos indicados para o DPOC?

Boa leitura!

 

1. O que é DPOC?

A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) é causada por frequentes exacerbações (crises) decorrentes da bronquite crônica e do enfisema pulmonar, inserindo-se no corpo após a manifestação persistente e a evolução de pelo menos uma dessas doenças. Por isso, conheça mais profundamente cada uma delas:

Enfisema pulmonar:

O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que ocorre devido à destruição do parênquima pulmonar e aos danos nos alvéolos pulmonares. Dessa forma, o enfisema gera a perda gradual da elasticidade do pulmão, resultando na retenção de ar e no aumento da dificuldade respiratória.

Bronquite:

A bronquite crônica, bronquite obstrutiva crônica (com obstrução do fluxo aéreo) ou a bronquite asmática, são doenças que resultam da inflamação nos brônquios, através da constante irritação na mucosa das vias aéreas. A bronquite, portanto, gera o estreitamento e a obstrução das vias respiratórias e dificulta a respiração.

 

2. Como identificar o DPOC?

Sintomas:

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma doença gradual, por isso, seus sintomas podem ser até mesmo confundidos com um resfriado comum, em sua fase inicial. Porém, à medida que a DPOC evolui, os sinais incômodos característicos que trazem danos aos pulmões e, se agravados, geram inúmeros impactos negativos para a saúde (sem tratamento, podem até coibir a respiração e ser fatal).

Os sintomas mais comuns da DPOC incluem:

– Tosse com produção de muco;

– Pigarro ou catarro excessivo;

– Falta de ar e baixa resistência ao esforço físico;

– Fadiga e pouca disposição;

– Respiração ofegante;

– Chiado no peito ao respirar;

– Inchaço nos pés, tornozelos e pernas;

– Cianose (lábios e unhas azuladas).

É importante frisar que essa doença está muito associada à prática do tabagismo (cerca de 85% dos casos de DPOC são decorrentes do cigarro). Por isso, fumantes ou ex-fumantes devem ter atenção redobrada a qualquer sinal que possa indicar a presença da DPOC.

Além da exposição (passiva ou não) ao tabagismo, a DPOC também está relacionada com fatores genéticos e/ou hereditários, e pode estar presente em pessoas que possuíram doenças respiratórias na infância, à exposição excessiva a substâncias químicas ou partículas inalatórias.

Exames diagnósticos

O diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica deve ser realizada por um clínico geral ou pelo pneumologista, através do histórico clínico e da comprovação de exames diagnósticos, como:

Raio X do tórax ou tomografia computadorizada, para visualizar como está o sistema cardiorrespiratório através desses exames de imagem;

Exames de sangue, para medir o nível de oxigênio e gás carbônico no sangue (gasometria arterial);

Espirometria, um teste de função pulmonar realizado para avaliar a obstrução das vias respiratórias e identificar o grau da doença.

Com esses exames, é possível identificar a presença da DPOC ou de outras doenças respiratórias (como a asma) que podem estar causando os tão incômodos sintomas no paciente.

 

3. Como evitar o DPOC?

Algumas práticas podem ser grandes auxiliares para evitar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, como:

– Abandonar o cigarro;

– Evitar a inalação de produtos químicos ou partículas;

– Fazer acompanhamento clínico ao menor sintoma, principalmente caso já possua alguma doença respiratória (como asma, bronquite, enfisema e correlatas).

– Caso necessário, adotar o tratamento correto, seja ele o uso de medicamentos orais ou inalatórios, oxigenoterapia, reabilitação pulmonar, etc.

– Buscar a proteção contra infecções respiratórias, como vacinas contra a gripe, Covid-19 e outras.

Essas medidas também contribuem para aumentar a qualidade de vida e o bem estar generalizado. Por isso, leve em consideração cada um dos tópicos acima para prevenir doenças respiratórias.

 

4. O que fazer durante uma crise?

A crise de DPOC, também conhecida como exacerbação, é o agravamento dos sintomas (principalmente da tosse com secreção e dispneia). É necessário sempre seguir as recomendações prescritas pelo médico e acompanhar o quadro clínico por meio de consultas periódicas. Em alguns casos, é necessário buscar a hospitalização para conter as consequências do DPOC.

 

5. É possível ter DPOC e continuar a ser fumante?

O tabaco, além de ser um dos grandes precursores da doença, também está relacionado com o agravamento de seus sintomas. Como dito anteriormente, estimativas apontam que 85% dos casos de DPOC são decorrentes do cigarro!

Tanto a fumaça do cigarro, quanto as partículas que são soltas por ele, possuem inúmeras substâncias tóxicas e/ou cancerígenas que trazem inúmeros malefícios para a saúde. Além destes, há entre as substâncias elementos radiativos e, inclusive, substâncias componentes do veneno para eliminar o rato. Diante de tudo isso, percebe-se a importância de deixar o tabaco de lado para o próprio bem-estar.

Por isso, a recomendação médica é abandonar o cigarro para ter uma melhora completa dos sintomas da DPOC em conjunto com o tratamento prescrito.

 

6. Pessoas com DPOC entram no grupo de risco da Covid-19?

As pessoas que possuem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica são mais propensas a desenvolver o agravamento do quadro do coronavírus. Por isso, indivíduos com DPOC fazem parte do grupo de risco do Covid-19 e entram no grupo prioritário à vacinação.

 

7. Como diferenciar a DPOC com falta de ar decorrente do Covid-19?

Apesar dessas doenças possuírem alguns sintomas em comum (como, por exemplo, a falta de ar), existem alguns sinais que diferenciam a presença da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica do Covid-19.

Por exemplo, o DPOC é gradual e possui uma infecção lenta. Além disso, a DPOC é uma doença crônica e, portanto, os sintomas já se manifestam há algum tempo no paciente. O coronavírus, por sua vez, tem como sintoma a perda do paladar, olfato e diarreia, que não são característicos do DPOC.

Além disso, caso a pessoa obtenha o coronavírus, ela pode apresentar o agravamento dos sintomas a partir da combinação entre os quadros de Covid-19 e DPOC. Nesses casos, é preciso consultar um médico especializado para corroborar a presença do coronavírus e avaliar qual é o tratamento mais eficaz para a recuperação do paciente.

 

8. Quais são os tratamentos indicados para o DPOC?

O tratamento para DPOC adequado para o paciente deve ser prescrito e orientado pelo pneumologista, a partir dos exames que indicaram a presença e o grau da doença no paciente – desde medicamentos de uso contínuo, uso de oxigênio, fisioterapia respiratória e até cirurgias (que não estão listadas neste conteúdo, mas em casos graves, podem ser consideradas).

Além disso, é importante pensar que, caso a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica esteja associada a um fator externo (como o tabagismo e à inalação de partículas ou substâncias químicas), é preciso evitar a exposição a esses fatores para frear a evolução do DPOC.

 

Auxílio de medicamentos:

Os medicamentos fazem parte das principais recomendações dos pneumologistas para combater os sintomas da DPOC, podendo variar conforme o grau da doença e os sinais apresentados pelo paciente.

Entre esses medicamentos, podem estar, por exemplo:

– Broncodilatadores inalatórios, que combatem a falta de ar;

– Antibióticos, que tratam as infecções decorrentes dos sintomas da DPOC;

– Corticóides orais, que reduzem a inflamação nos pulmões;

– Mucolíticos, que aliviam a tosse; entre outros medicamentos.

É importante lembrar que a automedicação pode trazer inúmeros malefícios para a saúde. Os medicamentos devem ser prescritos por um profissional da saúde adequado, que leve em consideração o diagnóstico feito previamente, o remédio mais assertivo para isso, além da dosagem correta e outros fatores que influenciam a recuperação do paciente.

Fisioterapia respiratória:

A fisioterapia respiratória tem uma importante atuação para o aumento da qualidade de vida e melhora generalizada nas consequências da DPOC, seja a dispneia (falta de ar), secreção, tosse, fadiga, fraqueza, etc.

Entre um dos principais tratamentos relacionados à fisioterapia respiratória, está, por exemplo, a Reabilitação Pulmonar. Esse tratamento envolve:

– Treinamento físico, constituído por exercícios aeróbicos e exercícios de fortalecimento muscular, que promovem a melhoria do desempenho físico, mais tolerância ao esforço físico e diminuição da fadiga no paciente. Lembre-se de que esses exercícios são prescritos e acompanhados pelo fisioterapeuta, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

– Educação do paciente, que visa contribuir para que o paciente possa realizar o auto manejo correto da doença. Além dele, o suporte psicológico também atua para aplicar intervenções comportamentais que mantêm os benefícios da Reabilitação Pulmonar nos pacientes de DPOC.

– Orientação dietética, que é uma intervenção nutricional para os pacientes da Reabilitação Pulmonar. Além disso, ela atua como um auxiliar para que o paciente tenha o aconselhamento nutricional necessário para a melhoria da saúde de forma geral, uma vez que muitos pacientes de DPOC podem apresentar perda de peso e dificuldades na sua nutrição.

– Apoio psicológico, que atua como um importante auxílio para que o indivíduo possa lidar com os efeitos que a DPOC pode trazer ao paciente e seus impactos psicológicos no cotidiano.

Vale ressaltar que a Reabilitação Pulmonar funciona de forma individualizada e personalizada para cada paciente, conforme suas necessidades. Além disso, ele é todo desenvolvido com o acompanhamento do fisioterapeuta respiratório ou médico especializado.

Para saber mais sobre esse tratamento, confira o conteúdo em nosso blog “Reabilitação Pulmonar: tudo o que você precisa saber”. Para acessar, clique aqui.

Oxigenoterapia:

O Severe Respiratory Insufficiency Questionnaire apontou, através da análise da sua pontuação, que há um grande melhora na qualidade de vida dos pacientes que adotam a terapia de oxigênio domiciliar e ventilação não invasiva domiciliar, em 6 meses de tratamento, para pacientes com DPOC grave. A oxigenoterapia, além disso, é um tratamento muito eficaz para aumentar a sobrevida do indivíduo que possui a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

Para saber mais sobre a Oxigenoterapia, clique aqui.

As fisioterapeutas da Respire Care estão preparadas para fazer toda adaptação e acompanhamento da Ventilação Domiciliar em pacientes com DPOC e distúrbios respiratórios em geral.

Além disso, aqui na Respire Care você conta com uma equipe de profissionais experientes para tirar dúvidas e acompanhar todo seu tratamento, além de todo nosso catálogo de equipamentos voltados para a sua saúde respiratória e qualidade de vida!

Você possui mais alguma dúvida relacionada à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica? Entre em contato conosco!

 

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