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Bruxismo e apneia do sono: qual a relação?

O bruxismo do sono, ou simplesmente conhecido como bruxismo, é um hábito inconsciente e involuntário que leva uma pessoa  a ranger os dentes constantemente durante o sono.

Mas o que causa bruxismo, só existe um tipo, quais os sintomas e qual a relação entre bruxismo e apneia do sono? Essas e outras questões você confere ao longo deste artigo, por isso, continue a leitura e tire todas as suas dúvidas sobre este tema.

O que é bruxismo?

Apesar do nome, o bruxismo nada tem a ver com bruxa. A palavra tem origem grega e traduzida quer dizer “ranger de dentes”. Sendo assim, o bruxismo do sono pode ser definido como um hábito involuntário que uma pessoa tem de ranger, deslizar e apertar os dentes.

Esses eventos podem acontecer tanto durante a noite, quanto em diferentes momentos do dia, mas é bem mais comum que ocorram enquanto a pessoa dorme. 

Ainda que o bruxismo não seja uma desordem grave, pode trazer problemas sérios para a saúde se não tratada. 

Tipos de bruxismo

Como já dissemos no tópico anterior, o bruxismo pode ser diurno ou noturno e, além do horário, eles têm suas diferenças. 

O bruxismo diurno, também conhecido como briquismo ou bruxismo de vigília, é caracterizado por um apertamento dos dentes ou tensão da mandíbula e está muito relacionado a questões emocionais, sendo assim geralmente provocados por episódios de ansiedade e estresse.  

Justamente por esse motivo, é comum que pessoas que sofram de bruxismo diurno definam o distúrbio como uma espécie de tique, que se apresenta ao longo do dia. 

Já o bruxismo noturno é o tipo mais comum e é quando o indivíduo faz essa pressão dentária e ranger de dentes, enquanto dorme. É um ato incontrolável e, geralmente, a pessoa nem percebe que está rangendo ou comprimindo o maxilar.

Como acontece durante a noite e não existe uma consciência real sobre o que está acontecendo, é bem comum que pessoas próximas notem o distúrbio. 

Outra forma de perceber a doença é pelas constantes dores e pelo desgaste dentário provocado por essa fricção dos dentes. O bruxismo noturno está mais relacionado a algum tipo de distúrbio do sono, mas também pode ter origem em problemas psicossociais. 

Independente do tipo, é importante identificar quais as causas do bruxismo para que o paciente inicie o tratamento de forma adequada.

Dependendo do caso é possível que seja necessário o uso de placas específicas durante a noite para evitar o contato entre os dentes e também psicoterapia. 

Quais os sintomas de bruxismo?

Os sintomas do distúrbio são logo percebidos porque ele gera uma série de incômodos e dores, tais como:

Dores de cabeça: que são resultado da frequente pressão no maxilar. É um dos sintomas mais comuns dos dois tipos de bruxismo e pode se apresentar tanto de forma mais fraca quanto mais intensa.  

Desgaste dos dentes: por conta da fricção e apertamento que ocorre, danificando toda a dentição. Por exemplo: é bem comum pacientes com bruxismo terem esmalte desgastado e a coloração dentária amarelada, além de dores contínuas nos dentes  e sensibilidade dentária

Dores faciais: como no bruxismo ocorre o apertamento (pressão) nos dentes várias vezes durante a noite (ou dia), é comum que esse ato acabe tensionando a musculatura da região mandibular. O resultado são as dores faciais.  

Cansaço ao longo do dia: pessoas com bruxismo dormem muito mal. Isso acontece porque, devido ao distúrbio, elas não conseguem avançar nos estágios do sono, tendo sempre sono artificial. 

Zumbido no ouvido, dores e infecções: por causa da constante pressão nos dentes, também chamada de Síndrome de Compressão Dentária. Elas ocorrem por uma “falha” dos sinais que o cérebro envia para o ouvido. Por isso não é raro que os pacientes com bruxismo se queixem de ouvir zumbidos e, consequentemente, falta de atenção e concentração. 

Sangramento gengival: o constante ranger do bruxismo aplica pressão em toda a região da boca, o que colabora para o enfraquecimento dos dentes e faz a gengiva recuar. Esse “espaço vago” é um território propício para a formação de bactérias que provocam outras doenças gengivais e, portanto, levam ao sangramento. 

Desgaste ósseo e perda dos dentes: dados os traumas que o bruxismo provoca, as pessoas que sofrem com este distúrbio podem apresentar perda óssea e problemas sérios na estrutura do dente. Dependendo do grau do enfraquecimento ósseo é possível que o dente caia sozinho ou seja removido. 

Estalos ao movimentar a boca: os estalos acontecem ao abrir e fechar a boca porque a pressão provocada pelo bruxismo gera um desgaste na articulação da boca. 

O que causa bruxismo?

Apesar dos avanços médicos que temos testemunhado, ainda não se descobriu o que, de fato, pode causar o bruxismo. Mas o que se sabe até agora é que uma série de fatores combinados resultam no aparecimento do bruxismo. 

Além disso, existem algumas condições que podem contribuir para desenvolver o distúrbio, entre eles, podemos citar:

Estresse: pessoas mais estressadas e que sofrem de ansiedade podem ter o hábito de ranger os dentes, desenvolvendo o bruxismo. A personalidade também pode ser um fator decisivo nesse sentido. 

Idade: ele é mais presente em crianças pequenas, mas também acontece bastante na fase adulta. Para se ter uma ideia, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população brasileira tem bruxismo.

Genética: foi identificado que famílias com históricos de bruxismo podem ter mais chances de desenvolver a doença bucal. 

Uso de medicamentos: foram observados também a presença de bruxismo como um tipo de efeito colateral após o uso de determinados medicamentos.

Outros transtornos: alguns distúrbios mentais e médicos, como a doença de Parkinson, epilepsia, terror noturno, apneia do sono, distúrbios de déficit de atenção, hiperatividade (TDAH), entre outros, podem estar associados ao bruxismo.

Dificuldade para dormir: é apontada como principal causa quando o assunto é bruxismo. 

Emoções negativas: tensão, frustração, tristeza, raiva, entre outros, são emoções que podem fazer com que os pacientes comprimam ou rangem seus dentes. Por isso, pessoas que vivem episódios frequentes de emoções negativas e respondem dessa forma podem desencadear bruxismo. 

Como tratar?

O tratamento para o bruxismo pode variar de acordo com o diagnóstico realizado pelo profissional. 

Dependendo do caso, é necessário algum tipo de intervenção com aparelhos odontológicos, e, nessas situações, o acompanhamento de um profissional de saúde é indispensável, já que podem provocar efeitos colaterais. 

Além disso, é possível também o uso de medicamentos para controle de ansiedade e outros que ajudam no relaxamento muscular da mandíbula (geralmente indicados para casos extremos) e terapias relaxantes como yogas, exercícios físicos e psicoterapia, que melhoram a qualidade de vida, reduzem  os níveis de estresse e, consequentemente, os sintomas de bruxismo.

Se o indivíduo apresentar ainda problemas respiratórios, além das intervenções que já descrevemos aqui, podem ser necessários outros tratamentos. Por esse motivo, o cuidado do bruxismo geralmente é multidisciplinar. 

Como é feito o diagnóstico de bruxismo?

Na maioria das vezes o diagnóstico de bruxismo é feito por meio de um exame clínico, no qual o dentista avalia a ocorrência de desgaste dos dentes ou outros sintomas, podendo ser complementados ou não, com exames de raio-x para entender a extensão dos danos e causados pelo distúrbio.

Como os pacientes também apresentam problemas relacionados ao sono, pode ser que exames de polissonografia sejam necessários para ajudar na identificação do problema.

Apneia do sono e bruxismo, existe relação?

Tanto a apneia quanto o bruxismo são dois distúrbios do sono que podem acontecer simultaneamente, ou não. E ambos os problemas são mais comuns do que se pensa. Para se ter uma ideia, 3 a cada 10 adultos têm apneia do sono.

E é preciso levar a sério porque sem o tratamento adequado, além de vários aspectos que prejudicam a vida pessoal e social, a apneia do sono pode levar a óbito ou a sequelas mais graves por conta da falta de oxigenação. 

E qual a relação? Até então, acreditava-se que o bruxismo estava relacionado ao estresse, no entanto, estudos recentes reiteram essa possibilidade, afirmando que o estresse talvez não seja o principal fator para o bruxismo, como se acreditava antes. 

Desta forma, averiguou-se que o ponto mais crítico do bruxismo está na dificuldade respiratória durante o sono leve e a incapacidade de chegar ao sono REM.

Há diversos estudos que buscam entender essa relação. Uma pesquisa feita em 2015, por exemplo, demonstrou que o bruxismo ocorre com maior frequência em pessoas que têm apneia grave. 

Outro detalhe importante é a ansiedade, sintomas que acontecem nas duas doenças, porém ocorre de forma mais comum em pacientes com apneia do sono. Para se ter uma ideia, segundo o estudo, pessoas com apneia do sono apresentam 33,3% mais ansiedade do que a população em geral, que é apenas 3%.

A pesquisa inclusive indicou que pessoas que não dormiam adequadamente estavam predispostas a desenvolver bruxismo, tanto do tipo diurno quanto noturno. 

Entretanto, outro estudo apresentado em 2019, apontou que, ainda não existem evidências que comprovem, de uma forma decisiva, a relação entre os dois distúrbios. 

Independente disso, é importante que tanto a apneia do sono quanto o bruxismo, sendo diurno ou noturno, sejam devidamente tratados para evitar maiores problemas de saúde.

Relembrando, o que é apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio bastante sério e também prejudica a qualidade de vida dos pacientes, já que interfere no sono e outras áreas da vida.

A apneia do sono ocorre quando a respiração pára durante o sono e esse episódio pode ocorrer várias vezes numa mesma noite.

Apesar de ser mais frequente em homens, a apneia não tem idade, podendo estar presente em bebês até idosos, principalmente pessoas com mais de 50 anos e com sobrepeso.

Existem diferentes tipos de apneia: a apneia obstrutiva do sono, que é a mais comum em que a garganta relaxa e atrapalha a entrada/saída de ar, a apneia do sono central, que ocorre por uma “falha” do cérebro, que deixa de dar sinais sobre a necessidade de respirar e a apneia do sono mista, em que o paciente sofre dos dois tipos.

Sintomas da apneia do sono

Justamente por interromper a respiração por um momento, a apneia do sono representa um grave risco à saúde se não tratada. Mas além da falta de ar, outros sintomas são fortes indicativos da doença. Confira abaixo alguns deles:

  • Fadiga constante;
  • Falta de energia durante o dia;
  • Sonolência diurna excessiva; 
  • Ronco;
  • Problemas de memória e/ou concentração;
  • Insônia ou sono extremamente agitado;
  • Dores de cabeça constantes;
  • Boca seca e dor de garganta pela manhã;
  • Mudanças repentinas de humor;
  • Tontura ao acordar, que ocorre geralmente pela falta de oxigenação adequada;

Assim como as apneias do sono se diferem, os fatores de risco para cada uma também são específicos, e vários motivos podem estar envolvidos no desenvolvimento delas, incluindo aspectos físicos, como, por exemplo: 

Tamanho do pescoço: a circunferência do pescoço é um fator decisivo, já que pescoços mais grossos podem comprimir as vias e atrapalhar a respiração;

Sobrepeso: o acúmulo de gordura que pode se formar ao redor das vias áreas por conta da obesidade, aumenta os riscos de desenvolver o transtorno;

Histórico familiar: pessoas com familiares que apresentaram apneia do sono também têm mais probabilidade de terem o distúrbio;

Uso de álcool e produtos químicos: dada suas composições, certas substâncias podem provocar o relaxamento da garganta e, consequentemente, interferir na respiração;

Ser fumante: estudos apontam que fumantes têm 3x mais chances de terem apneia obstrutiva do sono do que pessoas que nunca fumaram;

Problemas de saúde: hipertensão, diabetes, Parkinson, insuficiência cardíaca, síndrome dos ovários policísticos, distúrbios hormonais, entre outros quadros clínicos também ajudam a aumentar as chances de ter apneia;

Congestão nasal: pessoas que já têm problemas para respirar têm muito mais facilidades de desenvolverem o distúrbio.

Agora que você sabe o que é bruxismo e qual a sua relação com a apneia do sono, ficou claro que é importante buscar o diagnóstico médico caso apresente um ou mais sintomas com frequência, certo?

Tratar desses distúrbios é fundamental se você quer ter mais qualidade de vida e saúde, já que ela interfere no sono, atenção, concentração e outros aspectos fundamentais para o dia a dia. Por isso, não deixe para depois, sua saúde deve ser prioridade e conte a Respire Care para cuidar de você. 

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8 principais dúvidas sobre o DPOC

A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) atinge mais de 7 milhões de pessoas no país e é uma das principais causas de morte no mundo. 

Essa doença, porém, ainda é desconhecida pela maior parte da população brasileira. Uma pesquisa realizada pelo Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro (encomendada ao Ibope pela Boehringer Ingelheim do Brasil), afirma que 55% dos respondentes não sabiam nada sobre o DPOC.

Nesse cenário, reduzir a desinformação a respeito da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é essencial para combater os impactos negativos dessa doença na população e estimular o tratamento correto. Por isso, reunimos ao longo deste conteúdo, as principais dúvidas a respeito da DPOC. 

Aqui, você irá conferir:

  1. O que é DPOC?
  2. Como identificar o DPOC?
  3. Como evitar o DPOC?
  4. O que fazer durante uma crise?
  5. É possível ter DPOC e continuar a ser fumante?
  6. Pessoas com DPOC entram no grupo de risco da Covid-19?
  7. Como diferenciar a DPOC com a falta de ar decorrente do Covid-19?
  8. Quais são os tratamentos indicados para o DPOC?

Boa leitura!

1. O que é DPOC?

A DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) é causada por frequentes exacerbações (crises) decorrentes da bronquite crônica e do enfisema pulmonar, inserindo-se no corpo após a manifestação persistente e a evolução de pelo menos uma dessas doenças. Por isso, conheça mais profundamente cada uma delas:

Enfisema pulmonar:

O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa, que ocorre devido à destruição do parênquima pulmonar e aos danos nos alvéolos pulmonares. Dessa forma, o enfisema gera a perda gradual da elasticidade do pulmão, resultando na retenção de ar e no aumento da dificuldade respiratória.

Bronquite:

A bronquite crônica, bronquite obstrutiva crônica (com obstrução do fluxo aéreo) ou a bronquite asmática, são doenças que resultam da inflamação nos brônquios, através da constante irritação na mucosa das vias aéreas. A bronquite, portanto, gera o estreitamento e a obstrução das vias respiratórias e dificulta a respiração.

2. Como identificar o DPOC?

Sintomas:

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica é uma doença gradual, por isso, seus sintomas podem ser até mesmo confundidos com um resfriado comum, em sua fase inicial. Porém, à medida que a DPOC evolui, os sinais incômodos característicos que trazem danos aos pulmões e, se agravados, geram inúmeros impactos negativos para a saúde (sem tratamento, podem até coibir a respiração e ser fatal).

Os sintomas mais comuns da DPOC incluem:

– Tosse com produção de muco;

– Pigarro ou catarro excessivo;

– Falta de ar e baixa resistência ao esforço físico;

– Fadiga e pouca disposição;

– Respiração ofegante;

– Chiado no peito ao respirar;

– Inchaço nos pés, tornozelos e pernas;

– Cianose (lábios e unhas azuladas).

É importante frisar que essa doença está muito associada à prática do tabagismo (cerca de 85% dos casos de DPOC são decorrentes do cigarro). Por isso, fumantes ou ex-fumantes devem ter atenção redobrada a qualquer sinal que possa indicar a presença da DPOC.

Além da exposição (passiva ou não) ao tabagismo, a DPOC também está relacionada com fatores genéticos e/ou hereditários, e pode estar presente em pessoas que possuíram doenças respiratórias na infância, à exposição excessiva a substâncias químicas ou partículas inalatórias.

Exames diagnósticos

O diagnóstico da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica deve ser realizada por um clínico geral ou pelo pneumologista, através do histórico clínico e da comprovação de exames diagnósticos, como:

– Raio X do tórax ou tomografia computadorizada, para visualizar como está o sistema cardiorrespiratório através desses exames de imagem;

 Exames de sangue, para medir o nível de oxigênio e gás carbônico no sangue (gasometria arterial);

– Espirometria, um teste de função pulmonar realizado para avaliar a obstrução das vias respiratórias e identificar o grau da doença.

Com esses exames, é possível identificar a presença da DPOC ou de outras doenças respiratórias (como a asma) que podem estar causando os tão incômodos sintomas no paciente.

3. Como evitar o DPOC?

Algumas práticas podem ser grandes auxiliares para evitar a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, como:

– Abandonar o cigarro;

– Evitar a inalação de produtos químicos ou partículas;

– Fazer acompanhamento clínico ao menor sintoma, principalmente caso já possua alguma doença respiratória (como asma, bronquite, enfisema e correlatas).

– Caso necessário, adotar o tratamento correto, seja ele o uso de medicamentos orais ou inalatórios, oxigenoterapia, reabilitação pulmonar, etc.

– Buscar a proteção contra infecções respiratórias, como vacinas contra a gripe, Covid-19 e outras.

Essas medidas também contribuem para aumentar a qualidade de vida e o bem estar generalizado. Por isso, leve em consideração cada um dos tópicos acima para prevenir doenças respiratórias.

4. O que fazer durante uma crise?

A crise de DPOC, também conhecida como exacerbação, é o agravamento dos sintomas (principalmente da tosse com secreção e dispneia). É necessário sempre seguir as recomendações prescritas pelo médico e acompanhar o quadro clínico por meio de consultas periódicas. Em alguns casos, é necessário buscar a hospitalização para conter as consequências do DPOC.

5. É possível ter DPOC e continuar a ser fumante?

O tabaco, além de ser um dos grandes precursores da doença, também está relacionado com o agravamento de seus sintomas. Como dito anteriormente, estimativas apontam que 85% dos casos de DPOC são decorrentes do cigarro!

Tanto a fumaça do cigarro, quanto as partículas que são soltas por ele, possuem inúmeras substâncias tóxicas e/ou cancerígenas que trazem inúmeros malefícios para a saúde. Além destes, há entre as substâncias elementos radiativos e, inclusive, substâncias componentes do veneno para eliminar o rato. Diante de tudo isso, percebe-se a importância de deixar o tabaco de lado para o próprio bem-estar.

Por isso, a recomendação médica é abandonar o cigarro para ter uma melhora completa dos sintomas da DPOC em conjunto com o tratamento prescrito.

6. Pessoas com DPOC entram no grupo de risco da Covid-19?

As pessoas que possuem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica são mais propensas a desenvolver o agravamento do quadro do coronavírus. Por isso, indivíduos com DPOC fazem parte do grupo de risco do Covid-19 e entram no grupo prioritário à vacinação.

7. Como diferenciar a DPOC com falta de ar decorrente do Covid-19?

Apesar dessas doenças possuírem alguns sintomas em comum (como, por exemplo, a falta de ar), existem alguns sinais que diferenciam a presença da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica do Covid-19.

Por exemplo, o DPOC é gradual e possui uma infecção lenta. Além disso, a DPOC é uma doença crônica e, portanto, os sintomas já se manifestam há algum tempo no paciente. O coronavírus, por sua vez, tem como sintoma a perda do paladar, olfato e diarreia, que não são característicos do DPOC.

Além disso, caso a pessoa obtenha o coronavírus, ela pode apresentar o agravamento dos sintomas a partir da combinação entre os quadros de Covid-19 e DPOC. Nesses casos, é preciso consultar um médico especializado para corroborar a presença do coronavírus e avaliar qual é o tratamento mais eficaz para a recuperação do paciente.

8. Quais são os tratamentos indicados para o DPOC?

O tratamento para DPOC adequado para o paciente deve ser prescrito e orientado pelo pneumologista, a partir dos exames que indicaram a presença e o grau da doença no paciente – desde medicamentos de uso contínuo, uso de oxigênio, fisioterapia respiratória e até cirurgias (que não estão listadas neste conteúdo, mas em casos graves, podem ser consideradas).

Além disso, é importante pensar que, caso a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica esteja associada a um fator externo (como o tabagismo e à inalação de partículas ou substâncias químicas), é preciso evitar a exposição a esses fatores para frear a evolução do DPOC.

Auxílio de medicamentos:

Os medicamentos fazem parte das principais recomendações dos pneumologistas para combater os sintomas da DPOC, podendo variar conforme o grau da doença e os sinais apresentados pelo paciente.

Entre esses medicamentos, podem estar, por exemplo:

– Broncodilatadores inalatórios, que combatem a falta de ar;

– Antibióticos, que tratam as infecções decorrentes dos sintomas da DPOC;

– Corticóides orais, que reduzem a inflamação nos pulmões;

– Mucolíticos, que aliviam a tosse; entre outros medicamentos.

É importante lembrar que a automedicação pode trazer inúmeros malefícios para a saúde. Os medicamentos devem ser prescritos por um profissional da saúde adequado, que leve em consideração o diagnóstico feito previamente, o remédio mais assertivo para isso, além da dosagem correta e outros fatores que influenciam a recuperação do paciente.

Fisioterapia respiratória:

A fisioterapia respiratória tem uma importante atuação para o aumento da qualidade de vida e melhora generalizada nas consequências da DPOC, seja a dispneia (falta de ar), secreção, tosse, fadiga, fraqueza, etc.

Entre um dos principais tratamentos relacionados à fisioterapia respiratória, está, por exemplo, a Reabilitação Pulmonar. Esse tratamento envolve:

– Treinamento físico, constituído por exercícios aeróbicos e exercícios de fortalecimento muscular, que promovem a melhoria do desempenho físico, mais tolerância ao esforço físico e diminuição da fadiga no paciente. Lembre-se de que esses exercícios são prescritos e acompanhados pelo fisioterapeuta, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.

– Educação do paciente, que visa contribuir para que o paciente possa realizar o auto manejo correto da doença. Além dele, o suporte psicológico também atua para aplicar intervenções comportamentais que mantêm os benefícios da Reabilitação Pulmonar nos pacientes de DPOC.

– Orientação dietética, que é uma intervenção nutricional para os pacientes da Reabilitação Pulmonar. Além disso, ela atua como um auxiliar para que o paciente tenha o aconselhamento nutricional necessário para a melhoria da saúde de forma geral, uma vez que muitos pacientes de DPOC podem apresentar perda de peso e dificuldades na sua nutrição.

– Apoio psicológico, que atua como um importante auxílio para que o indivíduo possa lidar com os efeitos que a DPOC pode trazer ao paciente e seus impactos psicológicos no cotidiano.

Vale ressaltar que a Reabilitação Pulmonar funciona de forma individualizada e personalizada para cada paciente, conforme suas necessidades. Além disso, ele é todo desenvolvido com o acompanhamento do fisioterapeuta respiratório ou médico especializado.

Para saber mais sobre esse tratamento, confira o conteúdo em nosso blog “Reabilitação Pulmonar: tudo o que você precisa saber”. Para acessar, clique aqui.

Oxigenoterapia:

O Severe Respiratory Insufficiency Questionnaire apontou, através da análise da sua pontuação, que há um grande melhora na qualidade de vida dos pacientes que adotam a terapia de oxigênio domiciliar e ventilação não invasiva domiciliar, em 6 meses de tratamento, para pacientes com DPOC grave. A oxigenoterapia, além disso, é um tratamento muito eficaz para aumentar a sobrevida do indivíduo que possui a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica.

Para saber mais sobre a Oxigenoterapia, clique aqui.

As fisioterapeutas da Respire Care estão preparadas para fazer toda adaptação e acompanhamento da Ventilação Domiciliar em pacientes com DPOC e distúrbios respiratórios em geral.

Além disso, aqui na Respire Care você conta com uma equipe de profissionais experientes para tirar dúvidas e acompanhar todo seu tratamento, além de todo nosso catálogo de equipamentos voltados para a sua saúde respiratória e qualidade de vida!

Você possui mais alguma dúvida relacionada à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica? Entre em contato conosco!

Estamos localizados na:

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