DPOC é a sigla para Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Esta é uma doença crônica (ou seja, de progressão e longa duração) que afeta os pulmões, causada a partir da alta intensidade de crises decorrentes da bronquite e do enfisema pulmonar. Ou seja, é a persistência e a evolução de pelo menos uma dessas doenças que ocasiona o surgimento da DPOC!
Porém, a DPOC ainda é uma doença desconhecida para a maior parte da população brasileira. O Panorama da Saúde Respiratória do Brasileiro (encomendada ao Ibope pela Boehringer Ingelheim do Brasil) constatou que cerca de 55% dos respondentes não sabiam nada sobre o DPOC!
E, neste cenário, é importante conhecer alguns mitos e verdades sobre a DPOC, de forma a obter informações corretas sobre esta doença e suas formas de tratamento. Continue acompanhando e boa leitura!
A DPOC é uma doença rara
Mito!
Por mais que muitos brasileiros ainda desconheçam a DPOC, essa não é uma doença rara. Estatísticas apontam que a DPOC acomete mais de 7 milhões de pessoas no país, e é uma das principais causas de morte no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que, em 2019, a DPOC causou cerca de 3,23 milhões de mortes no planeta!
No entanto, nem todos os pacientes com essa doença foram diagnosticados. Mas, para os que já foram, existem diversos tratamentos que atuam para aumentar a qualidade de vida e proporcionar bem-estar! Inclusive, já existem grupos de apoio com pacientes, que se reúnem para conversar a respeito da doença em uma verdadeira rede de ajuda e compreensão.
O único sintoma da DPOC é a falta de ar
Mito!
A DPOC é uma doença crônica, ou seja, que progride ao longo do tempo. Durante a evolução da doença, a dispneia (falta de ar) é o sintoma mais notável pelos pacientes e que gera maior incômodo.
Entretanto, a DPOC não tem como único sintoma a falta de ar! Outros sintomas comuns que acompanham essa doença também são:
- Tosse com produção de muco;
- Pigarro ou catarro excessivo;
- Falta de ar e baixa resistência ao esforço físico;
- Fadiga e pouca disposição;
- Respiração ofegante;
- Chiado no peito ao respirar;
- Inchaço nos pés, tornozelos e pernas;
- Cianose (lábios e unhas azuladas).
Por isso, se você identifica alguns destes sinais, é importante consultar-se com um pneumologista e realizar os exames que podem diagnosticar a DPOC ou outras doenças pulmonares.
Entre estes exames, estão o Raio X do tórax ou a tomografia computadorizada (que irá verificar como está o sistema cardiorrespiratório, principalmente a incidência do muco), exame de sangue (para mensurar a gasometria arterial, ou seja, o nível de oxigenação corpo) e a espirometria (teste de função pulmonar para averiguar o grau da doença).
A DPOC é causada pelo tabagismo
Verdade!
A principal causa para a DPOC é o tabagismo. Estatísticas afirmam que cerca de 85% dos casos de pacientes com a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica tinham a influência do cigarro (sendo fumantes ou tendo contato com pessoas que fumam, ou seja, os “fumantes passivos”). Por isso, fumantes ou ex-fumantes precisam ter uma atenção redobrada aos sintomas da DPOC e procurar auxílio médico quando for necessário!
Porém, é importante ressaltar que o tabagismo não é a única causa para a DPOC. Ainda que com menor prevalência, existem outras causas para essa doença, como fatores genéticos ou hereditários (como a deficiência da enzima alfa-1 antitrupsina), pessoas que possuíram doenças respiratórias na infância, e a exposição excessiva a substâncias químicas, poluentes nocivos ou partículas inalatórias.
Neste cenário, pessoas que trabalharam muito tempo em ambientes com características prejudiciais ao sistema respiratório também estão sujeitas à DPOC e devem ter uma atenção redobrada aos sintomas da doença, inalando diversos tipos de compostos que podem ocasionar a DPOC.
A DPOC só acomete pessoas idosas
Mito!
Por mais que a maior parte dos pacientes com a doença sejam idosos, a DPOC pode, sim, acometer pessoas mais jovens!
Nos Estados Unidos, foi realizado um levantamento sobre a incidência dessa doença entre 2007 e 2009. Constatou-se que a DPOC afetou 2% dos homens e 4,1% das mulheres entre 24 e 44 anos. Além disso, também afetou 2% dos homens e 3% das mulheres com idades entre 18 e 24 anos.
Portanto, todos devem estar atentos à saúde pulmonar, independentemente da faixa etária em que se encontram.
A dieta e o peso influenciam na DPOC
Verdade!
Uma meta-análise divulgada pela ERJ Open Research (2020), constatou que “os padrões alimentares saudáveis estão associados a uma prevalência mais baixa de DPOC, enquanto os padrões alimentares não saudáveis não”. Ou seja, uma dieta saudável contribui para que o paciente portador de DPOC possa ter uma maior qualidade de vida, uma vez que os nutrientes contribuem para a saúde generalizada do corpo e protegem contra as exacerbações da doença.
Além disso, o peso e a DPOC estão correlacionados. Existem dois fenótipos clínicos associados à DPOC, de acordo com a principal doença associada:
- Pessoas portadoras de bronquite crônica: obesidade, tosse e muco crônicos, dispneia (falta de ar) menos intensa, hipoxemia (falta de oxigenação sanguínea), hipercapnia (aumento da pressão de CPO2 no sangue) e policitemia.
- Pessoas portadoras de enfisema pulmonar: caquéticas, dispneia (falta de ar) persistente, hiperinsuflação pulmonar (distensão pulmonar) e gasometria normal.
Quem tem DPOC não pode fazer exercícios físicos
Mito!
A realização de exercícios físicos é recomendada para os pacientes portadores de DPOC, desde que seja prescrita e acompanhada por um profissional especializado. É importante que o exercício seja de baixa intensidade e supervisionado, de forma a não ocasionar exacerbações.
Se realizados da maneira correta, os exercícios contribuem para promoção de maior resistência física do paciente, diminuição da fadiga, fortalecimento muscular, maior autonomia e independência.
A DPOC não tem cura
Verdade!
Por se tratar de uma doença crônica e progressiva, a DPOC não tem cura. Porém, é possível retardar o avanço da doença, controlar os sintomas e diminuir as crises, através da junção dos tratamentos disponíveis e do estilo de vida do paciente.
Com a orientação profissional adequada, o paciente portador de DPOC pode, sim, ter independência, qualidade de vida e autonomia, vivendo normalmente e sem maiores preocupações!
DPOC e asma são a mesma doença
Mito!
A DPOC e a asma, apesar de serem associadas à falta de ar, são doenças diferentes.
A asma frequentemente surge na infância, e é uma doença crônica que pode ou não ser ocasionada por uma reação alérgica que ocasiona a inflamação dos brônquios.
Já a DPOC tem uma origem distinta, sendo associada à bronquite crônica e ao enfisema pulmonar, e geralmente é ocasionada por tabagismo ou exposição a outros compostos prejudiciais ao sistema respiratório, como visto anteriormente.
Pessoas com DPOC tem a qualidade de vida comprometida
Mito!
Como dito anteriormente, é possível ter qualidade de vida e bem-estar com DPOC! Os sintomas da doença são controláveis, e por meio da junção dos tratamentos disponíveis com o estilo de vida adequado, o paciente pode viver bem, mesmo sendo portador da doença!
Afinal, como tratar a DPOC?
Um dos tratamentos disponíveis para a doença é o medicamentoso. O pneumologista pode recomendar alguns remédios que aliviam os efeitos da doença, como o uso de broncodilatadores inalatórios (que combatem a falta de ar), antibióticos (que tratam as infecções decorrentes dos sintomas da DPOC), corticóides orais (que reduzem a inflamação dos pulmões), mucolíticos (que aliviam a tosse), entre outros medicamentos.
Os pacientes com DPOC também podem necessitar da oxigenoterapia. Uma análise realizada pelo Severe Respiratory Insufficiency Questionnaire afirmou que, no período de 6 meses de tratamento, há uma grande melhora na qualidade de vida dos pacientes que adotam a terapia de oxigênio domiciliar e ventilação não invasiva domiciliar. Saiba mais sobre a oxigenoterapia, clicando aqui!
Além disso, a fisioterapia respiratória tem um papel essencial no aumento da qualidade de vida e melhora generalizada da DPOC. A Reabilitação Pulmonar, por exemplo, é um tratamento relacionado à fisioterapia respiratória, de abrangência multidisciplinar, envolvendo:
– Treinamento físico, constituído por exercícios aeróbicos e exercícios de fortalecimento muscular, que promovem a melhoria do desempenho físico, mais tolerância ao esforço físico e diminuição da fadiga do paciente. Lembre-se de que esses exercícios são prescritos e acompanhados pelo fisioterapeuta, de acordo com as necessidades individuais de cada paciente.
– Educação do paciente, que visa contribuir para que o paciente possa realizar o auto manejo correto da doença. Além dele, o suporte psicológico também atua para aplicar intervenções comportamentais que mantêm os benefícios da Reabilitação Pulmonar nos pacientes de DPOC.
– Orientação dietética, que é uma intervenção nutricional para os pacientes da Reabilitação Pulmonar. Além disso, ela atua como um auxiliar para que o paciente tenha o aconselhamento nutricional necessário para a melhoria da saúde de forma geral, uma vez que muitos pacientes de DPOC podem apresentar perda de peso e dificuldades na sua nutrição.
– Apoio psicológico, que atua como um importante auxílio para que o indivíduo possa lidar com os efeitos que a DPOC pode trazer ao paciente e seus impactos psicológicos no cotidiano.
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Além disso, existem outros tratamentos inovadores que atuam para diminuir o incômodo causado pela DPOC e proporcionar maior autonomia para o paciente. Para saber mais sobre esses tratamentos disponibilizados pela Respire Care, entre em contato conosco e fale diretamente com as nossas fisioterapeutas especializadas em distúrbios respiratórios!
Conte com a Respire Care!
Na Respire Care você conta com uma equipe de profissionais experientes para tirar dúvidas e acompanhar todo seu tratamento, além de todo nosso catálogo de equipamentos voltados para a sua saúde respiratória e qualidade de vida!
Você possui mais alguma dúvida relacionada à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica? Entre em contato conosco!
Estamos localizados na Rua das Palmeiras, 183 – Bairro Jardim – Santo André – São Paulo – CEP: 09080-160. Ou, se preferir, ligue para: (11) 2677-7600 – (11) 99390-3370.
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