Saiba tudo sobre o tratamento de Apneia do Sono!


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Publicado em: 11 de agosto de 2022 às 14:55 Tratamento de Apneia do Sono

A Apneia do Sono é um distúrbio onde o paciente tem uma ou mais pausas na respiração enquanto dorme. Estas “pausas” respiratórias podem durar vários segundos, sendo na maioria das vezes, acompanhada por um ronco alto e ressuscitador ou engasgos.

Se você foi diagnosticado com a Apneia do Sono, e tem dúvidas sobre como é realizado o tratamento dessa doença, este conteúdo foi feito para você! Aqui, você verá tópicos importantes, como:

– Por que fazer o tratamento de Apneia do Sono?

– Como é o tratamento para a Apneia do Sono?

– O que é o CPAP?

– Como se adaptar ao tratamento?

Boa leitura!

 

Por que fazer o tratamento de Apneia do Sono?

Estudos mostram estatísticas que apontam que cerca de 50% da população brasileira não tem uma boa qualidade de sono, e 33% sofre de Apneia do Sono. Apesar de ser uma doença tão comum, muitas pessoas não são diagnosticadas ou não realizam o tratamento de Apneia do Sono.

E, não realizar o tratamento de Apneia do Sono, pode trazer prejuízos sérios para a saúde para além da má qualidade do sono, seja a curto, médio e longo prazo. Para exemplificar, estas são algumas das consequências da Apneia do Sono não tratada:

 

Na saúde cardiovascular

A Apneia do Sono têm consequências diretas no sistema cardiovascular. As paradas na respiração durante o sono podem gerar a queda na oxigenação e o aumento da pressão negativa intratorácica, impactando a regulação da pressão arterial e ocasionando o seu aumento, sendo responsável por levar à hipertensão.

Além disso, estatísticas apontam que pacientes com distúrbios do sono de alta gravidade podem gerar de 2 a 4 vezes mais probabilidade de desenvolvimento de arritmias cardíacas, como a fibrilação atrial. 

Outros dados afirmam que a insuficiência cardíaca é um fator de risco para pessoas com Apneia do Sono, estimada de 40% a 70% dos quadros. Ademais, a Apneia não tratada gera 2,5 mais probabilidade de um AVC (Acidente Vascular Cerebral), do que pacientes que não possuem Apneia.

E não para por aí: a Revista Neurociências publicou o artigo Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono e Doenças Cardiovasculares (2014), que revelou a relação entre a Apneia do Sono e a doença arterial coronariana (DAC). Nele, há dados que apontam a incidência da DAC em 25% dos pacientes com Apneia do Sono.

Portanto, é nítido que o tratamento da Apneia do Sono é essencial para proteção da saúde cardiovascular contra diversas doenças relacionadas a esse sistema. Porém, não é apenas na saúde cardiovascular que a Apneia do Sono não tratada impacta diretamente! Continue acompanhando.

 

Na saúde emocional

A correlação entre a qualidade do sono e a saúde emocional é grande. A Universidade Western Australia realizou uma pesquisa com 400 pacientes, onde 293 possuíam Apneia do Sono. Dos pacientes diagnosticados, 73% apresentavam sintomas de depressão, que era proporcional à gravidade da doença. Após um período de 3 meses de tratamento, somente 4% apresentavam os sintomas da depressão.

Isso demonstra que a qualidade do sono afeta diretamente a saúde emocional das pessoas. E, para além dessa doença, também observa-se alterações no humor de quem não possui uma boa noite de sono, com mais irritabilidade, estresse e cansaço.

 

No peso

Você sabia que a Apneia do Sono também pode ser responsável pelo aumento do peso? O Departamento de Psiquiatria do Arizona (EUA) demonstrou um estudo publicado na Revista Sleep, que indivíduos com Apneia do Sono possuem maior probabilidade de ter ganho de peso, comparado às pessoas que não possuem a doença.

Isso ocorre porque a privação do sono está associada a uma diminuição da produção de leptina, um hormônio que tem como função regular o apetite, reduzindo a fome sem controle. E além deste, também eleva a produção da grelina, hormônio responsável por aumentar o apetite.

A má qualidade do sono, por fim, também afeta a produção de cortisol, um hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue. Ainda que não haja uma associação exata, a Apneia do Sono e a diabetes têm muitas características em comum – inclusive, que a prevalência de uma colabora o desenvolvimento da outra.

 

No dia a dia

É fato que a Apneia do Sono causa a má qualidade do descanso à noite. Mas isso pode ter muitas consequências para o dia a dia.

Inclusive, um grande sinal para a Apneia do Sono é a fadiga que impacta o rendimento no trabalho, a sonolência que pode afetar a atenção no trânsito, a sensação de cansaço que prevalece mesmo após o descanso da noite e outros incômodos. Além destes incômodos, também observa-se a dor de cabeça matinal, a perda de memória e o déficit de atenção.

Por isso, é fato: uma boa noite de sono é essencial para um bom dia.

Se você ainda não foi diagnosticado com a Apneia do Sono, porém se identifica com os seus sintomas (ronco alto, sensação de sufocamento ou engasgo, fadiga, sonolência diurna, dor de cabeça matinal, boca seca pela manhã, entre outros), faça agora mesmo o Teste de Apneia do Sono e saiba qual é a probabilidade de possuir a doença!

O Teste de Apneia do Sono é baseado no Questionário de Berlin, os resultados são analisados pelas fisioterapeutas especializadas em distúrbios do sono da Respire Care, e te retornarão com o resultado o mais rapidamente possível. Clique aqui!

 

Como é o tratamento para a Apneia do Sono?

Tendo expostas todas essas consequências, fica claro que o tratamento de Apneia do Sono é essencial para a saúde e a qualidade de vida. O tratamento de Apneia do Sono deve ser iniciado após o diagnóstico da doença, que é dado através de exames específicos para distúrbios do sono, recolhendo as informações necessárias para a identificação das características da doença.

A polissonografia é o exame responsável por diagnosticar a Apneia do Sono. Há diversos “graus” de Apneia do Sono, que definem a gravidade da doença de acordo com o IAH (Índice de Apneia-Hipopneia), índice que considera a quantidade de episódios de Apneia (obstrução total das vias aéreas) e Hipopneia (obstrução parcial das vias aéreas) durante uma hora de sono. A classificação para isto é:

  • Grau normal: até 5 episódios por hora;
  • Grau leve: de 5 a 15 episódios por hora;
  • Grau moderado: de 15 a 30 episódios por hora;
  • Grau grave: mais de 30 episódios por hora.

Além da Apneia do Sono, a polissonografia também pode identificar outros distúrbios do sono mediante às informações que coleta: atividade cerebral, muscular, cardíaca e fluxo respiratório. Dessa forma, este exame também pode detectar a insônia, síndrome das pernas inquietas, narcolepsia, sonambulismo, entre outros.

 

Mas, como o tratamento de Apneia do Sono é realizado?

O tratamento de Apneia do Sono varia conforme o quadro clínico do paciente, definido a partir do exame da polissonografia e das características individuais da pessoa. Por exemplo:

A obesidade é um dos fatores que contribuem para o surgimento da Apneia. Em pacientes com essa característica, a principal recomendação é a perda de peso, em conjunto com exercícios que têm como função tonificar os músculos da garganta. 

Além disso, para pacientes com grau leve de Apneia do Sono e com a característica de ter a mandíbula mais curta, aparelhos ortodônticos podem ser eficazes para facilitar a passagem de ar.

Em casos extremos, uma cirurgia chamada uvulopalatofaringoplastia pode ser uma alternativa para o tratamento de Apneia do Sono, em casos onde o restante dos tratamentos não são eficazes ou há fatores de risco sérios para o indivíduo.

Porém, o tratamento de Apneia do Sono mais eficaz é feito com a utilização de aparelhos que auxiliam o paciente a ter um fluxo respiratório durante a noite a partir da pressão positiva contínua nas vias aéreas, o CPAP!

 

O que é o CPAP?

O CPAP (Continuous Positive Airway Pressure) é um aparelho de pressão positiva nas vias aéreas impedindo a obstrução causada pela Apneia. Na prática, trata-se de um equipamento com uma máscara que cobre o nariz e a boca, permitindo o fluxo de ar e facilitando a respiração.

Este equipamento é utilizado durante a noite, de forma a fornecer a oxigenação ideal para o paciente que possui a Apneia do Sono, evitando que os impactos da doença possam afetar o descanso. Há 2 tipos principais de CPAP:

– CPAP de pressão automática: o equipamento regula a pressão do fluxo de ar de forma automática conforme a necessidade, reduzindo ou aumentando.

– CPAP de pressão fixa: este aparelho gera o fluxo de ar contínuo a partir de uma programação pré-estabelecida, sendo dividido em sem alívio básico ou com alívio expiratório. O CPAP básico é indicado para quem precisa de pressões mais amenas, podendo ser utilizado para Apneia do Sono, ronco, e até mesmo para exercícios respiratórios nos casos de bronquite ou enfisema pulmonar. Já o CPAP com alívio expiratório, o equipamento facilita a expiração do paciente, tornando uma respiração mais natural.

A configuração do aparelho CPAP irá depender do resultado do exame da polissonografia e do grau da doença. Assim, o seu médico poderá definir qual é o melhor tratamento para o seu caso e indicar o melhor equipamento!

Na Respire Care, há diversas opções de CPAP e acessórios (como filtros, máscaras e itens para higienização) disponíveis para venda, das melhores marcas do mercado. Basta clicar aqui e ver CPAP para venda!

E, se você não deseja adquirir o seu CPAP, também é possível fazer a locação do equipamento na Respire Care. Temos opções de aparelhos disponíveis para alugar, mantendo a qualidade e a excelência. Clique aqui e veja CPAP para locação!

 

Como se adaptar ao tratamento?

Muitas pessoas relatam dificuldades em se adaptar ao tratamento, principalmente pelo fato de que a utilização do CPAP pode ser desconfortável no começo. Porém, apesar do paciente não estar acostumado a usar um equipamento para dormir, não é necessário fazer um esforço na respiração, e não há o risco de parar de respirar. Assim, as vantagens da utilização do CPAP tornam-se muito maiores se comparada ao incômodo inicial.

Uma dica para facilitar essa adaptação é manter a boca fechada durante o uso do CPAP, para que a pressão do ar causada pelo aparelho não escape pela boca, e impedindo que o equipamento deixe de impulsionar o ar nas vias respiratórias.

Além disso, se não houver um acompanhamento que leva em consideração as necessidades e características individuais do paciente, a adaptação pode se tornar mais dificultosa, correndo o risco de abandonar o tratamento. 

Por isso, é essencial a atuação do fisioterapeuta! A Respire Care tem fisioterapeutas experientes no tratamento de pessoas com Apneia do Sono e distúrbios respiratórios, que fazem:

– Acompanhamento do paciente, de forma individual e personalizada;

– Monitoramento através da emissão de relatórios que medem sua evolução, verificando a eficácia do tratamento;

– Orientação para o uso dos equipamentos, auxiliando na escolha da máscara, assim como fazer todos os ajustes e regulagens necessárias, considerando sempre o resultado do exame e prescrição médica;

– Higienização e cuidados com o equipamento e acessórios, trazendo mais conforto para sua utilização.

 

Com a Respire Care, o seu tratamento torna-se muito mais fácil e tranquilo! Entre em contato conosco e saiba como nós podemos te auxiliar no seu tratamento!