A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença previnível e tratável, heterogênea em sua apresentação clínica e evolução. Caracteriza-se pela limitação crônica e persistente ao fluxo de ar e geralmente progressiva, associada a uma reação inflamatória pulmonar causada principalmente pela exposição à fumaça de tabaco, exposição ocupacional e combustão de biomassa.
A DPOC é uma das principais causas de morbidade e mortalidade, com impacto socioeconômico e um problema prioritário de saúde pública, sendo a terceira causa de morte no mundo.
Dentre as doenças crônicas não transmissíveis, a DPOC é a única cuja morbimortalidade mantém aumento constante. Cerca de 30% dos pacientes com DPOC são assintomáticos e podem passar vários anos para desenvolver algumas manifestações clínicas.
A falta de ar, a tosse e a expectoração são os principais sintomas sendo o mais frequente a falta de ar de esforço o que leva a limitação física, levando ao sedentarismo e alguns casos o uso de oxigênio.
A Oxigenoterapia é a administração de oxigênio em concentrações superiores à encontrada no ar atmosférico, visando o tratamento ou prevenção dos sintomas e manifestações da falta de oxigênio. Aumenta a sobrevida, incrementa a qualidade de vida pelo aumento da tolerância ao exercício, diminuindo a necessidade de internações hospitalares, assim como melhora os sintomas neuropsiquiátricos.
A administração de Oxigênio domiciliar já existe há 50 anos; porém, nos anos 70 é que se confirmou que melhorava a qualidade e prolongava a expectativa de vida. A partir de então, milhares de pacientes recebem essa forma terapêutica em todo o mundo.
Por Selma Denis Squassoni
Graduação em Fisioterapia , Mestre e Doutoranda em Ciências da Saúde, Qualidade de Vida pela FMABC. Atualmente é fisioterapeuta da FMABC e FUABC. Tem experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Pneumologia, Reabilitação Pulmonar e Pesquisa Clinica.