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Entenda o que é apneia do sono e como diagnosticar a doença

O que é Apneia do Sono?

Ronco, Engasgos durante o sono, sensação de que não dormiu bem, cansaço diurno são apenas alguns dos possíveis sinais do distúrbio chamado Apneia Obstrutiva do Sono (AOS).

AOS (Apneia Obstrutiva do Sono) é uma doença caracterizada pela obstrução recorrente da via aérea superior durante o sono que leva a queda da saturação de oxigênio sanguíneo e despertares frequentes. Isso quer dizer que há um fechamento parcial ou total da via aérea impedindo ou dificultando a passagem do ar até os pulmões.

Causas prováveis

  • Fatores anatômicos individuais (tamanho da narina, amígdalas, úvula, língua, espessura da via aérea e a próprio acúmulo de gordura na via aérea);
  • Flacidez da musculatura da via aérea superior.

O que acontece quando a passagem de ar fica reduzida?

 Com a quantidade de oxigênio reduzida no sangue, o nosso organismo envia alertas que nos fazem “acordar” constantemente. Isso faz com que a pessoa saia do sono profundo e entre num estágio de sono leve. Este “acordar”, vem sempre associado de uma pausa respiratória mínima de 10 segundos e logo após um ronco que serve para abrir a via aérea, fazendo com que a pessoa respire de forma mais profunda e abra a via aérea antes colabada. Essas interrupções podem acontecer diversas vezes durante a noite e podem ser a causa de vários problemas associados tais como: batimentos cardíacos irregulares, pressão arterial elevada, problemas cardíacos, diabetes, refluxo do estômago para o esôfago e o risco de acidentes em geral (milhares de acidentes de trânsito ocorrem em todo o mundo em decorrência de pacientes que dormiram no volante).

Estima-se que 90% das pessoas que possuem AOS não recebem ainda o tratamento devido a não ter um diagnóstico preciso.

Como diagnosticar?

Um estudo do sono é sempre indicado quando se pretende diagnosticar Apneia do Sono.

Este estudo é feito através de um exame chamado polissonografia que é realizada à noite em um laboratório de sono sob a supervisão de técnico ou enfermeiro capacitado, ou mesmo na sua residência. A polissonografia ou estudo do sono registra a sua respiração, atividade cerebral, batimentos cardíacos e níveis de oxigênio no sangue enquanto você dorme.

O paciente deve dormir com sensores fixados no corpo que permitem o registro da passagem do ar pelo nariz/boca, oxigenação sanguínea, frequência cardíaca, movimentos do tórax, posição do corpo na cama, além de outros dados. Os sensores são fixados de maneira a permitir ao paciente movimentar-se durante o exame, não atrapalhando assim o sono.

Essas métricas são usadas para determinar se você tem apneia obstrutiva do sono ou distúrbios relacionados, tais como apneia central, bruxismo, síndrome das pernas inquietas, sonambulismo, terror noturno, fibromialgia, entre outros.

Gravidade de acordo com a quantidade de paradas respiratórias

Qual o tratamento da apneia do sono?

 O tratamento depende da causa e da gravidade da doença. O ronco sem apneia, bem como a apneia do sono leve podem ter melhora significativa com medidas simples como: dormir de lado, perder peso, evitar uso de álcool ou tranquilizantes, entre outras. O uso de dispositivos orais confeccionado por dentistas que avançam a mandíbula durante o sono (placa oral) pode ser indicado em alguns casos.

O tratamento mais eficaz e mais utilizado para os casos moderados ou graves consiste no uso do aparelho chamado CPAP (do inglês, Continuous Positive Airway Pressure). O CPAP consiste em um pequeno compressor de ar muito silencioso de alta tecnologia que se conecta a uma máscara ajustada ao nariz do paciente. Esse aparelho previne a obstrução da garganta durante o sono e reestabelece o sono normal ao indivíduo. Apesar de parecer algo muito desconfortável à primeira vista, o aparelho costuma ser bem tolerado pelos pacientes após a primeira semana de uso. As indicações, contraindicações e boa adaptação deste tratamento ao paciente tem melhores resultados quando realizado com acompanhamento de um médico e equipe de saúde especializada em distúrbios do sono.

O CPAP é um dispositivo gerador de fluxo, leve e portátil, que mantém a via aérea superior aberta durante o sono, permitindo que mais ar circule de maneira fluida nas vias aéreas, impedindo o seu fechamento durante a noite. Após indicação específica e orientação de um especialista, o CPAP deverá ser utilizado todas as noites. O uso correto do CPAP produz uma rápida, verdadeira e benéfica mudança de vida em todos os pacientes, sobretudo naqueles com distúrbios moderados a graves. Estes percebem uma grande mudança nos sintomas como redução na sonolência e na fadiga durante o dia.

Alguns casos podem se beneficiar de algum tipo de cirurgia aplicada ao nariz e/ou à garganta. Nestes casos, o paciente deve ser cuidadosamente avaliado por médico especialista em distúrbios do sono para indicar o tipo de cirurgia mais apropriada ou evitar uma cirurgia desnecessária.

E se não tratar?

 Sem tratamento há uma tendência a piorar os sintomas e o mais grave é o risco de problemas de saúde associados.

 Os mais comuns são:

 Maior risco de acidentes de trânsito e de trabalho: vários estudos demonstram que o número de acidentes de trânsito em pacientes com AOS é 2 a 3 vezes superior em relação à população que não sofre de apneia. Muito por conta da tendência a “cochilos” involuntários durante o dia;

  • Pressão Alta: pacientes com apneia do sono podem desenvolver Hipertensão Arterial Sistêmica mesmo que não tenham outros fatores de risco;
  • Arritmias cardíacas: que ocorrem exclusivamente durante o sono. É bastante comum esse tipo de arritmia em pacientes com AOS;
  • Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e Acidente Vascular Cerebral (AVC): alguns estudos apontam para riscos aumentados destas doenças em portadores de AOS;
  • Distúrbios Cognitivos: dificuldade de memória, dificuldade de concentração e déficit de atenção.

Hábitos que ajudam a prevenir a Apneia do Sono

Dormir de lado ao invés de dorso.

Perder peso, adotando estilo de vida atlético e hábitos alimentares saudáveis;

Não ingerir tranquilizantes, soníferos ou anti–histamínicos antes de dormir;

Evitar álcool pelo menos 04horas e lanches ou refeições pesadas pelo menos 3 horas antes de dormir;

Manter sono regular;

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Use a oxigenoterapia para tratar doenças do pulmão e coração

É um tratamento usado para tratar doenças do pulmão e do coração. Seu uso auxilia no respirar, na melhora o metabolismo do corpo, aumenta a força do coração e dos músculos das pernas e dos braços.

Indicações de Oxigenoterapia

O oxigênio deve ser utilizado por pacientes que tenham baixos níveis de oxigênio no sangue. Esses pacientes geralmente também possuem:

  • Dificuldades para realizar sozinho as atividades de vida diária
  • Função pulmonar e trocas gasosas muito alteradas
  • Depressão e isolamento social
  • Inúmeras internações
  • Idade avançada
  • Outras doenças crônicas associadas

Como a Oxigenoterapia melhora a qualidade de vida?

A melhora da qualidade de vida do paciente portador de hipoxemia e em geral dos portadores de DPOC são visíveis através:

  • Melhora da sobrevida;
  • Diminuição no número de internações hospitalares;
  • Aumento da tolerância aos exercícios;
  • Melhora do estado de cognição, concentração e memória;
  • Diminui a chance de arritmias cardíacas durante o sono e por conseguinte a chance de morte durante o sono;
  • Estabiliza a Progressão da Hipertensão Pulmonar em portadores de hipoxemia Crônica, como os portadores de DPOC, evitando assim o remodelamento da árvore vascular pulmonar.

Quanto tempo deve se utilizar o Oxigênio para obter os benefícios?

Estudos estabeleceram o tempo mínimo em 15 horas contínuas por dia, incluindo-se as horas de sono. Mas pode se chegar ao máximo de 24 horas/dia. Portanto, é preciso estimular aqueles que possuem indicação ao máximo de tempo possível além das 15 horas diárias.

Como definir o fluxo de oxigênio?

Por meio de um procedimento médico chamado titulação individual, onde é possível determinar os fluxos de oxigênio que corrigem os níveis baixos de oxigênio no sangue, até atingir o fluxo ideal de cada paciente.

Para medir a saturação de oxigênio utiliza-se o aparelho oxímetro, que realiza as medições de modo NÃO invasivo.

*Atenção: Os níveis de oxigênio e tempo de uso devem ser determinados por seu médico.

Quais são as fontes de oxigênio disponíveis?

Cilindro de Oxigênio Medicinal

São reservatórios de Oxigênio em sua forma gasosa, com pureza de 99,5%.

Podem ser armazenados por longos períodos sem perdas. Deve ser mantido preso em suporte próprio, para evitar acidentes em caso de queda.